Hugh Hewitt, autor do livro – Blogs, entenda esta revolução! Escreveu um belo livro, porém radical. Sou contra radicalismo, mas lendo sem o ardor da paixão, as considerações dele são reflexivas, para o momento da nossa humanidade.
Trago a você – os melhores momentos do livro – na minha humilde opinião! Logo no inicio Hugh, afirma que leitores de blogs “Querem mais do que oferecem a televisão, o rádio e os jornais … estes novos leitores não desejam os editoriais esquecidos de rabugentos lamentavelmente tendenciosos e cada vez mais irrelevantes como os editores do Los Angeles Times.” Radical!
Afirma que “A vida é hábito e milhões de pessoas estão, mais uma vez, mudando de hábitos no que diz à respeito obtenção de informação.”
Escreve, que o novo mundo é baseado em confiança e explica como mídia hegemônica perdeu essa confiança e como a nova mídia a está conquistando. Milhões e milhões de palavras sendo escritas e lidas por indivíduos com pouca ou nenhuma ligação com a velha mídia”. Hugh, fala dos internet boomers, lembra?
Contudentemente declara “A atenção das pessoas está disponível. A confiança está transferida.O segredo é a rapidez. Se a televisão afeta a sua vida, a blogosfera também o fará, e provavelmente já afetou. Como ninguém tem tempo para entender tudo, precisamos confiar em intermediários, então elege-se blogs. Para o leitor não custa nada, a não ser tempo.” Convenhamos tempo, é a coisa mais escassa da sociedade imediatista, não?
Ele profetiza: A circulação dos jornais não irá desaparecer, mas irá declinar, e muitas seções dos jornais deixarão de ser lidas. O café da manhã será tomado pelos casais não com um jornal, mas com um laptop. Discordo, porém respeito 😉
Acrescenta o fato de que a mídia hegêmonica vende notícia equivalentes a pão amanhecido – ou no caso de Time e Newsweek, pão de uma semana. Enxergo aqui, uma raiva ensandecida
Sarcasticamente Hewitt espeta, “Ser CEO da tribune Company hoje é quase como ser bispo mais importante da Alemanha quando Lutero começou a martelar suas teses na porta da catedral de Wittenberg” e profetiza, a internet criou a expectativa de que as empresas jornalísticas podem ser questionadas.
Aqui fica algumas questões:
Será que a transparência radical chegará nas mídias criadas há alguns séculos?
Será que a internet não cometerá os mesmos erros das outras mídias?
Será que Hewitt não gostaria de ser um CEO de uma empresa de mídia hegemônica?