Quando criança caminhando pelo centro de São Paulo. Eu e meu pai paravamos para escutar um senhor, morador de rua, que com um caixote de madeiras e cabos de aços, improvisou uma espécie de violão com harpas.
Sublime, tocava Asa Branca, Tico Tico no Fubá e outras pérolas do cancioneiro popular Brasileiro.
Se nos anos da minha doce infância, já falassemos de “Economia Criativa”, talvez aquele músico das ruas centrais Paulistanas. Seria um grande Maestro ou Arranjador.
Deixe-me leva-lo ao Futuro. Porque aquele músico surge em minha mente. Algumas décadas depois, fui convidado para palestrar na abertura dos trabalhos “Conselho de Economia Criativa da Fecomércio.”
No ínicio dos trabalhos o mestre de cerimonias conclamando a todos a mudarem a economia Brasileira, compartilhando a música “Favor”:
“Maestros, músicos, cantores
Gente de todas as cores
Façam um favor para mim
Quem souber cantar, que cante
Quem souber tocar, que toque
Flauta, trombone ou clarim
Quem puder gritar, que grite
Quem tiver apito, apite
Façam este mundo acordar”
Um dos palestrantes Paul Makeham, detonou “Hoje, as ideias são mais importantes que os produtos”. A economia global está em transição: acaba a era da informação, começa a era da criatividade. São novas formas.
Propriedade intelectual ∞ “Economia Criativa ∞ capital cultural ∞ capitalistas sociais ∞ Indústria de idéias ∞ Sustentabilidade
∞ negócios soiciais∞ missões sociais ∞ Pensamento verde ∞ Liberdade de consciência
O que é economia criativa
“São consideradas criativas as profissões que demandam produção intelectual. Essas incluem aquelas pertencentes às chamadas indústrias criativas — arte e cultura (teatro, literatura, artes visuais, artes plásticas e patrimônio histórico); mídias e software (publicidade, música, cinema e software de entretenimento) e design (arquitetura, design e moda) — e uma gama de profissões cujo principal input é o conhecimento e a capacidade intelectual.” Adolfo Melito Presidente do Conselho de Economia Criativa da Fecomércio.
Você tem dúvidas que a Economia alavancará o mundo para a era da criatividade, este novo motor do século XXI.
Esta era das grandes verdades, da diversidade cultural! O que explica 100 mil voluntários para as Olimpiadas de Londres – mobilizaçao igual a está não acontecia na Europa desde a 2º Guerra mundial.
É o Espírito da Inovação, o Espirito empreendedor, o Gosto pela mudança na era da economia criativa. Cientistas convencidos que não conseguem parar uma parte da humanidade de fumar e Eureka! Porque não tirar as toxinas do cigarro e colocar vitaminas. Vivemos o nascimento de negócios sociais, de capitalistas sociais!
Uma economia em cada qual se mede em relação ao outro! “Mudar a sociedade em que o outro e objeto, para que se torne o objetivo”.
Na Grã Bretanha, os principais pensadores, alertaram somos uma ilha e somos obrigados a criar inovação. Criando um manifesto, onde todas as aréas da economia Britânica podem fazer novos projetos e errar fazendo. Inimaginável isto há alguns anos.
Olhe para a nossa indústria do Carnaval, um celeiro pomposo da Economia Criativa.
Olhe para o Grupo Corpo, que inova nos palcos globais com a Ginga Brasileira e a dança Classica. Olhe para os artistas plásticos os Gemeos que colorem as galerias e muros das megalopoles mundias. Olhe para o projeto Lixo Eletrônico inovando globalmente na coleta coletiva de residuos tecnológicos. Olhe para nossos TEDXs (Sudeste, Porto Alegre, Amazônia …). Projeto Porto Digital em Pernambuco.
No conselho de Economia criativa, nossa grande meta é criar um “Indíce de criativade e inovação nas empresas”
A economia criativa é responsável por 10% da economia mundial e movimenta US$ 3 trilhões. “Crescendo a um percentual de 8% por ano, estima-se que o setor irá movimentar US$ 6 trilhões em 2020
“Está claro que na guerra de competividade entre empresas, a responsabilidade social e a sustentibilidade vieram para ficar e quem está no comando é o consumidor”, afirma. “Nós temos dentro das empresas alguns inimigos da inovação. Se não conseguirmos mudar caracteristicas e formas de gestão dentro das empresas, elas não serão criativas.” afirmou o economista Adolfo Melito (Presidente do Conselho),
A proposta do Conselho de Economia Criativa é colocar o País entre os cinco primeiros em competitividade, criar um índice que meça a criatividade e inovação das empresas. A história recente mostra, segundo Makeham, que as políticas de desenvolvimento que abrigam os princípios da indústria criativa têm sido muito bem sucedidas em trazer vida nova para as economias em decadência. “Criatividade é um recurso humano que se ajusta à atividade econômica, muito diferente de, digamos, das indústrias primárias”, explica.
As três últimas gerações foram educadas para desenvolver carreiras em áreas do conhecimento que demandam técnica e precisão. Profissões já existentes e conhecidas por nossos avôs, baseadas nas ciências, engenharia, matemática e tecnologia. A partir de meados do século passado, nos países desenvolvidos, a demanda de trabalhadores nas chamadas áreas de serviços ultrapassava as demais categorias. Esse fenômeno veio a acontecer no Brasil recentemente e dá início a uma nova era, a da criatividade, na qual as artes, as ciências humanas e as ciências sociais interagem com o universo das ciências exatas.
Abaixo pontos altos de Paul Makeham para a Revista Exame
Economia criativa é aquela baseada em atividades criatividade, nas habilidades individuais e no talento. É a indústria que tem potencial para criar riqueza e empregos ao desenvolver propriedade intelectual. Isso inclui propaganda, multimídia, arquitetura, cinema, música, arte e antiguidades, vídeo game, softwares, livros, design, moda, televisão e rádio. Mas essa é a definição clássica, técnica e antiga. Prefiro pensar em um conceito mais amplo e moderno, que engloba idéias que perpassam trabalho, estilo de vida e várias formas de riqueza, que incluem capital cultural, social e econômico.
Já vemos sinais por todas as partes de que a indústria das idéias e do conhecimento está se tornando mais e mais importante, e nos próximos anos vai se tornar ainda mais importante que a economia baseada em produtos. Veja o caso do Vale do Silício, nos Estados Unidos, ou de várias partes do Reino Unido – notadamente a Irlanda, que também tem uma forte indústria de softwares, e a Inglaterra, com sua fortíssima indústria cultural. A mídia na Austrália, a tecnologia inovadora em países como Japão e Coréia…
Existe uma característica brasileira que eu acho fascinante: a gambiarra, o jeitinho brasileiro. Eu entendo que essa característica possa ter seus aspectos ruins, que muitas vezes nasça das dificuldades e deficiências do país, mas é uma prova clara da criatividade do povo brasileiro na solução de problemas, e isso deve ser usado em prol da economia.
Os governos precisam entender que precisam investir tanto em cultura quanto na ciência tradicional: matemática, medicina, química, engenharia, economia. A cultura é fonte de criatividade, e a criatividade é importante para todos os campos – principalmente a esses que eu citei.
Para que o país consiga fazer essa transição para a economia criativa, é fundamental desenvolver a educação, encorajando a criatividade dos alunos. E não estou falando de aulas de artes, mas de um modo diferente de ensino, mais encorajador. É preciso também investir em telecomunicação, pois a criatividade nasce mais da colaboração entre diferentes pessoas com diferentes idéias de diferentes contextos do que da genialidade de indivíduos isolados.
As empresas menores têm estruturas menos rígidas e estão mais dispostas a arriscar. Mas as grandes corporações têm muito mais chance de ter sucesso se conseguirem implantar uma cultura de inovação e criatividade, tanto na pesquisa e desenvolvimento como na gestão da empresa, na relação com o consumidor (a internet facilita isso enormemente), na capacidade de concatenar as idéias de várias partes do mundo.
Então, não use velhos mapas para descobrir novas terras!
Foto de Yukihiro Fukuda
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