Ninguém diz o que todos já sabem!
Escrevendo este artigo me lembrei do livro, “Alice no País das maravilhas.”
A doce menina encontrava o gato maluco, e perguntava onde iria dar aquela estrada. O Gato Zerutino pergunta; “Para onde você deseja ir?” E Alice, responde; “Não sei!” e o gato rapidamente responde; “Então, qualquer estrada serve.”
O mundo digital emergiu como um novo mutante da “informação”. Lembre-se sempre do inteligente slogan do Jornal Folha de São Paulo. “Contra fatos nunca haverá argumentos!”
Há pouco tempo o Chairman do jornal americano New York Times declarou que a partir de 2012 seu jornal não será mais tinta do papel. Alguns dias depois volta à mídia e diz que foi mal interpretado. Veja bem?!
Recentemente a CNN.com, Financial Times, Wall Street Journal e centenas de jornais pelo mundo têm aberto pouco a pouco seu conteúdo.
Um dia um Indiano, me deu um sábio conselho: “No meu país, os Elefantes nunca dançam, mas quando dançam o estrago é grande”. No final da década de 90 nasceram empresas como Obisidiana, um site de notícias para mulheres. Eis que surge uma hecatombe. Os elefantes descobriram o doce som da internet, a Editora Abril ofereceu seu conteúdo feminino na grande rede e a Obisidiana desapareceu. Lembra?
Em 2006 o CEO da Editora Abril Roberto Civita, em um evento de Publishers, declara que todos ali são dinossauros, mas que o cometa chamado Internet não é tão grande como parece e muitos Tiranossauro Rex vão sobreviver! Você aposta suas fichas?
A AAJ (Associação Americana de Jornais) realizou um estudo e concluiu que em poucos anos os anúncios offline serão extintos e substituídos por anúncios on-lines. Você já anunciou no Craiglists ou Webmotors?
Tem a geração dos “internets boomers”, que nasce na realidade da internet. Como faremos jornais para eles? Você anda acumulando e lendo seu jornais diários apenas no final de semana?
Está todo mundo conectado. Um belo dia meu porteiro, o Ribamar, foi até a loja do Baú da Felicidade no centro de São Paulo, comprou um computador com configurações básicas e hoje utiliza a internet para ler seu jornais preferidos! Será que vamos convencê-lo um dia a comprar jornal nas bancas?
Em 1999 o colunista do New York Times, Thomas Friedman, formulou a teoria de que a internet libertaria os oprimidos. Provando a sua tese, a ONU liderou uma pesquisa em 30 países com pessoas que ganham menos de um dólar por dia e perguntaram o que mais eles desejavam. Mais da metade respondeu que gostaria de participar com opiniões na Internet. Pasmem!
Mas existiu algo maior na Profecia de Friedman que ninguém percebeu naquele momento: que os jornais seriam varridos pelo que chamo da era dos três C’s(Conteúdo, comunidade e compartilhar) ou, se você preferir, web 2.0, WebFlex (você a usa como quiser!) ou de Webwhatever. Pode chamá-la como quiser! Na verdade é a substituição da era da Informação pela era da participação.
Navegar é preciso no de.lic.io.us.com, seu agregador e organizador da avalanche de noticias e informações. No digg.com, você escreve um artigo, publica e as pessoas vão eleger se ele é “bom” ou “ruim”; No Netvibe.com e o newsvine.com, um jornal diferente para cada Internauta. Tudo mudou? Todo mundo para todo mundo? Eles estavam certos?
Em um mundo onde ninguém diz o que todos já sabem, Alan Rusbridger, diretor do The Guardian, prognosticou em poucos anos o final do jornal como conhecemos!
É claro como Sol, o conceito de tinta no papel, acabará!
O jornal em qualquer lugar, a qualquer hora e o multicanal prosperará! Afinal, precisamos de algo para endorsar uma idéia maravilhosa ou explicar uma notícia inexplicável.