Eu gosto muito do cinema e da música Brasileira – Central do Brasil, Carlos Gomes – são exemplos de nossa genialidade!
A internet neste exato momento está lançando um novo artista. São centenas todos os dias. Fotógrafos do Azerbaijão, escultores do Peru, cineastas da Polônia, músicos de Papua Nova Guiné. Todos homens de visão e vanguardistas. Estão no Second Life, MySpace, Whatever …
Porém me recuso a assistir filmes dirigido por Cacá Diegues, estrelado por Antônio Fagundes e musicado por Caetano Veloso! O Caetano Veloso faz parte de uma oligarquia. Como toda casta, sempre reclama quando percebe que perderá privilégios.
A última declaração dele interfere na nossa livre e democrática Humanidade 4.0. Ele falou sobre o projeto de seu amigo Ministro Gilberto Gil sobre a “Licença Alternativa. O Minsitro defende que diante das evoluções sociais precisa-se repensar direitos autorais.
Reproduzo a declaração de Caetano; “É bacana, mas também temário você afirmar isso como ministro, que também é produtor cultural. Chega num ponto em que o ministério deveria agir nessa questão com mais cuidado. Porque o estimulo a esse negócio cria uma sensação de vale-tudo.”
A minha releitura da fala dele é “Estou com medo, não sei o que é youtube, gracenote, Lala, Imeem … não percebi que o mundo inteiro subiu no palco … e que a web dos 3’c colaboração, conteúdo e comunidade vai ACABAR .. repito ACABAR com o império dos grandes cantores e das gravadoras”
Outro detalhe importante, quando ele inventou o movimento Tropicalista valia tudo .. agora quando nós, todos da Humanidade 4.0 criamos a música global, não vale tudo?
Como contra fatos nunca haverá argumentos, vá agora lá, conhecer o La La e suas 1.8 milhões de CDs por apenas $ 1.75, ou Gracenote.com com 55 milhões de músicas sendo
80% de amadores e 150 Cds por apenas U$ 149.
Não gostou tem o Musicovery, Hype Machine, Project Opus, NUmly, ClickCaster, The Podcast Network, Mybloop, Portable Playlists, MyStrands, Read.io, PiXPO e Radio.Blog.Club todos grandes lugares para encontrar e dividir música. Locais onde você descobre a nova geração de direitos autorais e licenças. Ah, você também pode dividir fotos, videos, comentários, softwares, letras e canções.
Já perguntei em meus artigos se o mundo.com é uma terra de imenso silêncio que faz muito barulho? Que é célere e entrevado? Que não separa sua tristeza de sua alegria? Ou que a internet é pesada e rude, sem alma nem virtude e, no entanto, um esplendor, um dos lugares mais mágicos de nossa época?
Caetano nunca irá cantar que a internet criou um burburinho similar ao encontro de pintores, poetas e filósofos nos anos 30 do século passado em Paris, que reuniu em um único caldeirão cubistas, dadaístas e surrealistas, marchands e homens de negócio trabalhando e produzindo no bairro de Montparnasse.
Caetano não enxergou que a internet é como um grande festival, um grande sarau, um grande museu, uma grande reunião de executivos ou um grande festival em um gueto, onde se garimpam talentos que muitas vezes pairavam despercebidos do grande público. Na internet você divulga gratuitamente seus contos, músicas ou filmes, utilizando arte eletrônica, arte digital, webarte, realidade virtual, além dos temperos interativos, e-games, e-videos.
Caetano não percebeu que antes da internet, a pintura, a escultura, a música estavam rigidamente assentadas em uma ordem antiga. A internet está criando novos conceitos para quem quer ver, sentir e ouvir experiências não lineares, uma nova vertente de arte, o que chamamos de Cultura digital. Na grande rede você embarca em uma mistura de línguas e culturas, sons e imagens, tendências e vanguardas, percepções e sensações, criando um terreno de incrível diversidade, estimulando os sentidos e despertando os sentimentos e pensamentos. Nos tornando mais Globalizados e Cosmopolitas.
Famosos entusiastas da internet resolveram criticá-la. O cineasta espanhol Pedro Almodóvar, o sociólogo e escritor italiano Domenico de Masi, os músicos irlandeses da banda pop U2 ou o fotógrafo americano Spencer Tunick e agora nosso Tropicalista Caetano se declararam contra a “desilitização da internet”. Masi declarou que são tantas as pessoas escrevendo e produzindo na internet que, em breve, não saberemos o que é informação, notícia ou lenda! Esses notáveis artistas estão esquecendo do apelo mais sedutor da rede: a sua tão propalada capacidade de disseminar de forma rápida e democrática o acesso às informações. A internet produziu uma nova mentalidade, forma de enxergar e sentir as artes.
Só porque você não está vendo uma revolução não quer dizer que ela não esteja acontecendo. Não vou mais tropicalizar ou Caetanear. Vou sim me conectar e Internetar.