Você ainda se pergunta sobre como a automação e a robótica vão transformar nossas vidas? Ainda vejo muitas especulações com relação à perda de espaço provocada pela crescente importância dos robôs, mas na realidade, toda essa tecnologia vem para otimizar nosso dia a dia. Ainda não chegamos a um ponto de desenvolvimento no qual esses robôs se comportaram como a Rosie, dos Jetsons, mas estamos num caminho promissor.
Um dos grandes ganhos e uma revolução ainda silenciosa é o surgimento dos robôs sociais e assistentes androides que estão penetrando cada vez mais em nossas vidas, na medicina, o uso de robôs já é rotineiro, eles auxiliam em procedimentos de medição, participam de operações e até viabilizam cirurgias à distância e selecionam medicamentos prescritos em farmácias.
Cada dia mais vemos robôs com melhoria nas capacidades interativas e executando tarefas mais úteis do que nunca, com os robôs sociais não é diferente, munidos de mecanismos de inteligência artificial (IA) eles têm a capacidade de decidir como agir levando em conta todas as informações captadas por câmeras e outros sensores. A capacidade de responder de maneira que parece realista, ou mimetizar um comportamento que remete ao que chamamos de inteligência social e emocional, é o que permite que as inteligências artificiais, devidamente programadas com algorítmos específicos, que permitem que robôs reconheçam vozes, rostos e emoções, interpretem a fala e gesticulem, respondendo assim adequadamente a sinais verbais e não verbais complexos, fazendo contato visual com o interlocutor, tendo assim a capacidade de se adaptar às necessidades das pessoas e aprender – em processos que envolvem toda uma programação conhecida como machine learning – com feedback, recompensas e críticas.
Com todas essas possibilidades, os robôs sociais chegaram para ocupar inúmeros papeis, como hoje já vemos a Pepper, um humanóide com inteligência cognitiva, fabricado pela SoftBank Robotics. Se você me acompanha há mais tempo já deve ter visto a Pepper por aqui, ela hoje trabalha comigo lado a lado me acompanhando em palestras e participando de eventos, já que ela tem capacidade de reconhecer rostos e emoções humanas básicas e se engaja em conversas, criando uma atmosfera de curiosidade e interação.
Hoje, robôs como a Pepper podem realizar uma variedade de serviços como auxiliar no check-in em hotéis, fazer atendimento ao cliente em aeroportos, trabalhar com assistência comercial e auxiliar em processos de compra.
Outros robôs como o Loomo e o famoso cão AIBO são a próxima geração de assistentes pessoais, fornecendo um novo nível de funcionalidade. Loomo, por exemplo, não é apenas um companheiro, mas também pode transformar o comando em um scooter para transporte. A versão mais recente da AIBO possui recursos sofisticados de voz e reconhecimento de gestos, pode ser ensinado truques e desenvolve novos comportamentos baseados em interações anteriores, fiquei fascinado quando o conheci em minha última viagem ao Japão.
Pensar o panorama do desenvolvimento dessa indústria é entender como o crescimento exponencial dessa tecnologia impacta a economia, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, no último ano (2018) as vendas mundiais de robôs sociais atingiram um valor estimado US $ 5,6 bilhões e promete chegar à deverá crescer para US $ 19 bilhões até o final de 2025, sendo mais de 65 milhões robôs vendidos por ano. Logo, veremos cada vez mais esses robôs presentes no nosso dia a dia, você está preparado?