La Fontaine proclamava: “Sirvo-me de animais para instruir os homens”. Ele acreditava que as fábulas tem a mesma função do espelho.
La Fontaine, é considerado o pai da fábula moderna, através de suas peças, criticava a elite francesa – sua lassidão, tédio e aversão ao novo.
Em seus célebre discurso ao Senhor Duque de La Rochefoucauld La Fontaine faz uma ode a inovação! Atual! Leia!
“Os homens se assemelham aos cães quando atacam o que é novo por medo de serem por ele substituídos. Segundo a lógica dos seres humanos de vida trivial, quanto menos inovação, melhor.
O novo ganha seu espaço muitas vezes sem invadir o espaço alheio. E dali a algum tempo, findo o sabor da novidade, tudo se ajeita. Até que apareça outra inovação e a história se repita.
E vós, a quem este discurso se dirige; vós, em quem a modéstia à grandeza se alia; que vosso nome receba aqui uma homenagem do tempo e dos censores pelo justificado e merecido louvor.
O vaidoso é o que mais rejeita as coisas inusitadas. O estampido que assusta os coelhos é o novo que provoca reações, que exige alteração da rotina; o novo é o bando de cães que passa em território alheio e provoca a ira dos cachorros locais, que reagem à invasão do inimigo fictício.
Aceitar as mudanças é uma prova de inteligência. O homem inteligente é aquele que se adapta a novas situações e com elas se integra.
Diante do novo, nem sempre precisamos mudar o caminho; às vezes, só mudamos o jeito de caminhar.”
La Fontaine foi o profeta da revolução digital?