Jean Paul Sartre, o célebre filósofo francês escreveu nos meados do século passado: “As pessoas lêem, porque um dia desejarão escrever.” Nunca uma profecia foi tão real. Um Blog e meio criado a cada segundo, ou seja, 50 milhões de Blogs inventados no último quadrimestre de 2007. Bem vindos a Web 2.0!
Há quase um ano meu amigo e sócio Augusto Camargo, voltou da conferência web 2.0 de Tim O’Relly (o profissional que cunhou o conceito Web 2.0).
Escrevi um artigo, ao qual vocês lerão abaixo! Nunca recebi tantos comentários – positivos e negativos – muito radicalismo nas críticas, sou contra qualquer forma de radicalismo.
Hoje, entendo que a web 2.0 não é a apenas uma onda e uma evolução da nossa querida web. E hoje, entendo que aqueles que tanto criticaram e agoram palestram sobre o tema! Estavam com medo da mudança e resolveram se agarrar ao passado e quando perceberam que era agarrar ou morrer se reinventaram! Que belo e nobre Mundo.com 😉
Web 2.0 – Polêmica ou Novidade
Pode ser apenas novos aplicativos de cores, minimalismo, design ou fontes?
Será uma avalanche de novos nomes e jargões como folksonomia,
etnographia digital, flickr, del.icio.us, wikipedia, digg ou webblog?
Ou um buzzword, novo modismo batizado de Web 2.0?
Para mim, é a coisa mais extraordinária, desde o advento da revolução industrial. Estamos vivendo e reescrevendo as novas tendências tecnológicas, econômicas e sociais, usando a Web 2.0 como o maior palco de participação e compartilhamento já visto na história da humanidade.
A mudança está intimamente ligada à forma como as pessoas passam a se relacionar com o mundo e, particularmente, com as marcas. É o momento de repensarmos direitos autorais, ética, privacidade, comércio, relações humanas e nós mesmos, os indivíduos digitais.
A Internet, em sua primeira onda, foi desbravada primeiramente pelos militares. Na segunda onda, foi escravizada pelos investidores de Wall Street e as grandes marcas globais. Os usuários eram simplesmente leitores e consumidores.
Na terceira onda – chamada de Web 2.0 – o poder está em nossas mãos, produzimos conteúdo e disponibilizamos na rede. Três verbos regem nossas mentes: Produzir, Receber e Propagar.
Na Web 2.0, você avalia e comenta notícias, seleciona os assuntos de seu interesse, colabora na geração e alteração de conteúdo, participa de comunidade, classifica e indica os produtos. E isto é apenas o começo.
Ah, e você não sabe o porquê? Um bilhão de pessoas com acesso a Internet em todo mundo; Dois bilhões de pessoas conectadas através de celulares; Até o final de 2007, 50% das pessoas conectadas utilizarão banda larga; e-Bay negociou 8 bilhões de dólares em 2007. O que você esta fazendo sobre isto?
Sempre fizeram as pessoas lerem e agora elas querem escrever em Blogs, Enquetes, em listas de discussões. Todo mundo quer alguns minutos de fama. A Internet ofereceu este grande palco para que o arquiteto vire um escritor, o advogado se torne um jornalista. O cliente quer contar histórias e experiências através do palco, carinhosamente chamado de Web 2.0.
A Web 2.0 é muito mais do que novas interfaces ou aplicativos digitais, quanto mais rápida a conexão, mais pessoas colocam conteúdo na rede, o mundo digital está de fato em duas vias.
Cada vez mais os clientes interagem digitalmente, criando databases cada vez mais complexos e robustos. Os aplicativos são mais inteligentes, mais baratos e fáceis para que cada vez mais pessoas o utilizem. As bases de clientes são globais e com crescimento constante. Os clientes não estão apenas conectados a qualquer hora e qualquer lugar, estão engajados e produzindo conteúdo sobre sua empresa; Eles desejam ser voluntários escrevendo sobre seu site ou seu produto.
Micro mercados estão sendo construídos! No Brasil, já são 22 milhões de PC conectados, alcançando 40 milhões de internautas, isso sem falar dos Cybercafés nas periferias das grandes cidades. Entendeu? A audiência não é micro. Já pensou em abrir uma filatélica digital ou uma locadora virtual?
As empresas têm que se preparar para isso, tendo em mente que a Internet foi feita para rir e para chorar. Há os momentos nos quais falarão mal de nós, O Rei está nu!
O maior risco hoje é não correr riscos. O negócio da Internet não é o maior comendo o menor, mas sim o mais rápido deixando o mais lento para trás, essa é a má notícia.
A boa notícia é que tem um caminhão de coisas a serem feitas, porque a cybercultura é uma cidade gigantesca, uma megalópole sem poluição e com todas as ruas ainda sem nome, então cada pessoa ainda pode colocar seu nome em uma rua.
Está tudo em beta! Tudo sendo construído. O que você fará sobre isso?
A Revolução não é toda história, mas é uma grande história. Onde não podemos usar velhos mapas, para descobrir novas terras.
P.S: Se você acha a Web 2.0 polêmica ou novidade, envie-me um e-mail?