Montparnasse, risos, vanguardas e a Internet

Montparnasse, risos, vanguardas e a Internet

Um mundo sem arte não poderia enxergar a si próprio, rir de si mesmo. A Internet é como o mundo das artes plásticas.

Olhe para a história das artes plásticas e evoque o aprendizado oferecido por grandes movimentos como o Dadaísmo, o Impressionismo e a Arte Abstrata. Todas as formas de revolução se basearam na “reconcepção” de olhar o mundo. Olhe para outras vertentes vanguardistas que mudaram o mundo como a Revolução Francesa, que nos trouxe uma nova concepção sobre o conceito de cidadania. Observe a revolução surgida a partir o advento do Rádio ou da TV, que expandiu a nossa noção sobre comunicação a algo inimaginável aos nossos ancestrais.

A internet criou um burburinho similar ao encontro de pintores, poetas e filósofos nos anos 30 do século passado em Paris, que reuniu em um único caldeirão cubistas, dadaístas e surrealistas, marchands e homens de negócio trabalhando e produzindo no bairro de Montparnasse.

A internet é como um grande festival, um grande sarau, um grande museu, uma grande reunião de executivos ou um grande festival em um gueto, onde se garimpam talentos que muitas vezes pairavam despercebidos do grande público. Na internet você divulga gratuitamente seus contos, músicas ou filmes, utilizando arte eletrônica, arte digital, webarte, realidade virtual, além dos temperos interativos, e-games, e-videos.

Antes da internet, a pintura, a escultura, a música estavam rigidamente assentadas em uma ordem antiga. A internet está criando novos conceitos para quem quer ver, sentir e ouvir experiências não lineares, uma nova vertente de arte, o que chamamos de Cultura digital. Na grande rede você embarca em uma mistura de línguas e culturas, sons e imagens, tendências e vanguardas, percepções e sensações, criando um terreno de incrível diversidade, estimulando os sentidos e despertando os sentimentos e pensamentos. Nos tornando mais Globalizados e Cosmopolitas.

A internet neste momento está lançando novos artistas todos os dias. Fotógrafos do Azerbaijão, escultores do Peru, cineastas da Polônia, músicos de Papua Nova Guiné. Todos homens de visão e vanguardistas.

O que vivemos é uma oposição entre os nômades e os sedentários. Aqueles que em nenhum lugar estão em casa e os que estão em casa em qualquer lugar, graças a InternetAs vanguardas sempre incomodam, mas com o tempo a sociedade acaba por assimilar as tendências mais modernas, fazem esquecer as audácias das gerações precedentes.

A internet é a última fronteira da vanguarda.

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