Metamorfose de Narciso
O blog é o megafone digital, uma página da Web que contém um diário pessoal com reflexões, comentários e Links. Os blogueiros estão por todo o lado. Eles agitam, fazem barulho, investigam, gritam como puritanos do século 17. Um Blog polariza ou morre!
Espalha a opinião, argumenta e persuade, produzindo idéias totalmente inesperadas. O blogueiro dedicado atualiza seu site duas ou três vezes por dia, como se nenhum fato pudesse passar em branco e nenhum abuso pudesse ficar sem resposta. È algo maníaco.
A maioria dos blogs regurgita e torce o que a grande mídia gastou milhões descobrindo e checando. Tenho muito respeito pelo jornalismo tradicional. Apesar de sua freqüente pompa, ele continua sendo a plataforma central para “falar a verdade” para o poder. Porém, os grandes conglomerados de comunicação apostaram que a rede seria do interesse apenas de pesquisadores das leis e fanáticos por sexo e salas de bate – papo e blogs só seriam úteis para bibliotecários, corações solitários e aqueles que sofriam de raras doenças tropicais. Ignoram o bonde da historia e se abriram aos uivos do blog. Os jornais foram ofuscados sucessivamente pelo teletipo, pelo radio, pela TV e agora pela internet. Grandes jornais estão vendo diminuir o interesse por suas edições impressas, enquanto cresce o numero de leitores de paginas virtuais.
O The New York Times è um bom exemplo do fenômeno. Sua tiragem, de 1.176.000 exemplares em 2006, pelas previsões otimista despencará para 1.1oo.000 em 2007. Em compensação, só em janeiro deste ano, seu site teve 3, 4 milhão de visitantes únicos.
Com vendas de jornais diminuindo e redações fechando pelo mundo, o panorama não è bom. Nunca foi tão verdade que a opinião è de graça e os fatos são caros.
Averiguando esse cenário, será que os “internet boomers” vão preferir comprar o jornal impresso nas bancas todas as manhas com notícias antigas ou vão preferir acessar blogs ? E mais como faremos marketing em um novo conceito de mídia?
O retratista francês Delaroche declarou, que a pintura havia acabado, ao ver a primeira fotografia. Isto não aconteceu. Certamente, o jornal não vai acabar, mas em vez de folhas de papéis receberemos piluas de informações!
