100 milhões de horas de trabalho editando redes sociais

100 milhões de horas de trabalho editando redes sociais

Clay Shirky, Daniel Pink acabam de lançar livros sobre a Humanidade conectada e as redes sociais.

Pink afirma em seu livro “Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us” que até o século XX os trabalhadores só se sentiam estimulados através de ganhos financeiros. e no século XXI as pessoas fazem coisas para se sentirem inseridos no mundo, para ganhar sua satisfação, alimentados por recompensas externas, pela intrínseca motivação, a alegria de fazer algo em benefício do outro.

Ou seja, os trabalhos enfadonhos, serão esquecidos e em lugares de humanos colocaremos máquinas e robôs!

Clay em seu livro  Cognitivo Excedenteo: Criatividade e generosidade em uma era conectada. afirma que as pessoas estão trocando seu tempo livre, onde assistiam TV estatelado no sofá. Por conectar-se nas redes sociais! Clay questiona porque as pessoas gastam seu tempo editando a wikepedia?- Todos os artigos, edições e discussões sobre os artigos e edições representam cerca de 100 milhões de horas de trabalho humano.  O que motiva elas?

Em uma conversa genial, para a revista Wired ao qual “reescrevo aqui” Pink e Clay pintam a humanidade 5.0:  Boa viagem.

Para aqueles que ainda perguntam “Onde você arruma tempo, para navegar na internet” é porque eles não experimentaram receber um comentário em seu blog, ou um “retweet”, um curtir no Facebook ou simplesmente de receber um email agradecendo a dica.

Havia muito tempo livre no mundo industrializado versus falta de tempo em um mundo conectado. Alguém que nasceu em 1960 já assistiu algo como 50 mil horas de televisão.Cinquenta mil horas, mais de cinco anos e meio de vida na frente da telinha, sentado na frente da televisão.

Existe na humanidade um excedente cognitivo = A sociedade conectada desligando a TV e produzindo conteúdo significa um trilhão de horas por ano de desenvolvimento do software da sabedoria das multidões. Um novo recurso! Hoje no mundo 0 Tempo =  bem social coletivo.

Trocar a TV por Ppost em blogs, wikis e Twitter. Ensinando o outro, aprendendo com o outro.

Sai a televisão uma atividade solitária e entra as conexões sociais – contribuir, compartilhar …

Shirky disse “Quando alguém compra uma televisão, o número de consumidores sobe para um, mas o número de produtores permanece o mesmo.”

Quando alguém compra um computador ou telefone celular, o número de consumidores e produtores aumenta um.

Isso permite ao cidadão, ao invés de deixar seu tempo livre escoar em frente da televisão, produzir vídeos divertidos, engajar-se em webcidadania, enfim vale tudo!

Mas Clay adverte: lembre-se: os americanos ainda assistim cerca de 200 mil horas de TV a cada ano.

Pink – Disse que a ao contrário do que pensávamos que nossas motivaçoes estava em dois pilares.

Necessidades biológicas obeber, comer, se aquecer e satisfazer desejos biológicos ou o segundo pilar responder a recompensas e punições.

A ciência provou temos um terceiro pilar – motivação intríseca pode ser ainda mais poderoso. “Isso é o que está por trás das pessoas que organizam sites de carona,  usam telefones celulares para informar sobre as catástrofes naturais ou agitação política. Eles são motivados por algo que não seja dinheiro.”

Até o século passado o mundo foi orientado ao hiperconsumo e da passividade. No século XXI reinventamos  a co-criação e o compartilhar. Algo que ficou latente nos últimos séculos industrializados.

Somente com este novo comportamento da humanidade, poderia nascer comunidades de software livre, de vizinhos online, de protetores de animais, de produtores de documentários ou pense na criação do Twitter, um amigo vira para o outro e diz “Vamos fazer um microblogging gratuito de até 140 caracteres”. O amigo responde “Otimo, vamos começar agora” e nem pensaram em um plano de negócios ou modelo de pagamento 😉

Percebeu um mundo novo? Percebeu o choque dos séculos?